Escolher o Vinho



Falar de vinhos é um pouco complicado, tendo atenção que cada pais tem a sua “Denominação de Origem”. Como base falarei dos vinhos Portugueses, pois são os que conheço melhor, alem disso acho que o vinho e segunda melhor coisa que os portugueses sabem fazer.


Denominação de origem

Corria o ano de 1922 quando no Egipto em Tebas, no vale dos reis, se descobriu o túmulo do rei Tutankhamon, nessa altura estaríamos longe de muitos aspectos relacionados com o vinho. O certo e que foram também encontrados vários potes de vinhos, com inscrições tão pormenorizadas sobre os vinhos, que em nada ficam a dever aos rótulos das melhores garrafas da atualidade.Como se pode verificar já então se dava grande importância à origem geográfica das vinhas, numa clara antecipação ao conceito de denominação de origem.
Muitos outros exemplos da antiguidade se poderia referir à origem demográfica dos vinhos. 

Denominação de origem serve para os apreciadores saberem quais as regiões onde são produzido, o nome da região e a qualidade do vinho.

As categorias do vinho
VQPRD - Vinho de qualidade produzido em região determinada. A categoria mais alta do vinho corresponde a um grau de exigência máxima de qualidade. Os VQPRD de cada pais de sua origem é livre de estabelecer o grau de exigência que entender, sendo obrigatoriamente produzidos em regiões determinadas.
A legislação prevê ainda, que os VQPRD possam ser classificados como DOC (denominação de origem controlada), na pratica os DOC são vinhos produzidos nas regiões demarcadas

Vinho regional - Estão relacionados a vastas regiões por vezes algumas demarcadas com certa qualidade podendo as vezes ter certificação de origem. Por isso alguns dos melhores vinhos Portugueses estão na categoria “Vinho Regional”


Vinho de mesa - Não respeita a origem, nem ano ou colheita, apenas uma marca comercial de baixo preço. Normalmente é um vinho produzido com uvas de qualquer região ou de lotes de vinhos de varias origem, não é permitido ostentar no rotulo vinho de qualidade ou reserva. Mas nem por isso, deixa de haver vinhos de mesa de grande prestigio em Portugal e o caso mais carismático é o mundialmente famoso Mateus Rosé, conhecido em mais de 120 países.

Muito mais poderia falar sobre os vinhos portugueses desde as suas castas até as suas regiões neste contesto podemos dizer que a denominação de origem do vinho verde é a maior região do mundo. O vinho verde tem um conceito com mais de 500 anos assim como o Douro que foi à primeira região demarcada do mundo. No campo dos espumantes temos as caves da murganheira a primeira grande empresa produtora deste tipo de vinho seguindo a tecnologia dos franceses.


Dicas sobre alguns vinhos portugueses

Vinhos Verde – Tanto branco como verde são frescos, leves ácidos,de baixo teor alcoólico e por vezes um ligeiro pico gasoso.


Vinho do Douro – Da região do Douro terra do vinho do porto e não só o Douro não permite que se fale de um estilo de vinho, mas podemos dizer que é uma região de vinhos tintos de estilo moderno, bastantes aromáticos,boa graduação alcoólica e com corpo, um bom vinho para envelhecer em garrafas.

Vinhos das Beiras – Nos brancos que são muitos aromáticos, na boca são frescos e refrescantes, não sendo por acaso de serem recomendados como vinho-base para espumantes. Já nos tintos apresentam dois estilos, um de matiz mais popular ligeiro na boca e bastante aromático bem na linha dos vinhos portugueses, outro de cor rubi azulado ou violeta com bons taninos onde na boca sobre saem os frutos vermelhos com grande elegância.

Vinhos do Dão – Berço de alguns dos mais belos vinhos portugueses com uma grande tradição, os tintos do Dão tèm quando novos uma cor intensa que variam  entre o rubi e o retinto. De perfil jovem e aromático com notas de frutos vermelhos e plantas silvestres, a que se junta notas de baunilha e chocolate quando envelhecidos em barricas de carvalho. Na boca prima pela elegância com bom equilíbrio alcoólico e aveludado. Já os brancos têm uma cor amarelo cítrico, na boca são muito vivos com uma Acides notável.

Vinhos da Bairrada – Quando falamos de bairrada pensamos logo nos tintos, mas não esquecemos que aqui os brancos são um privilégio uma terra de fazer tanto vinhos clássicos como jovens. São vinhos para guardar normalmente para conhecedores que sabem esperar o tempo necessário para beber. Em quanto jovens de cor concentrada e ácidos, ao envelhecer ganham complexidade. Os vinhos da bairrada ficaram famosos quando foram procurados por negociantes franceses para substitui os vinhos de Bordéus. 

Vinhos do Ribatejo – Vinhos de perfil moderno onde o frutado e Alcides das uvas conferem uma frescura e elegância, de cor negro e aromas cítricos com notas de maças. Os vinhos de hoje não tem nada a ver com os antigos denominados vinhos do cartaxo que era um vinho de baixa qualidade e carrasco vendido antigamente a granel. 


Vinhos da Estremadura – A relíquia e a herança dos vinhos tipo palhetes com técnicas medievais, de linda cor de morango é vigoroso de boa graduação a que antigamente chamavam-se rosetas, são uma relíquia da cultura mediterrânica.

Vinhos do Alentejo – Estão na moda, nos últimos 20 anos passaram do anonimato para o galarim dos vinhos portugueses. Os vinhos alentejanos, sejam eles brancos ou tintos tem uma característica que é a facilidade com que se gosta deles os brancos de fabrico moderno perfume aromático e grande estrutura e evolventes, os tintos de dois estilos, os jovens e os de guarda Os jovens muito aromáticos, com aromas das uvas a saltar do copo, são muito redondo na boca, cheios e agradáveis. Os de guarda apresentam uma concentração de cor, aromas, corpo e de taninos dominados pelas notas de frutos pretos.

Depois disto tudo penso que quando for ao supermercado e pegar uma garrafa de vinho será mais fácil perceber as siglas que tem no rótulo independente da sua origem ou país.

Bom Apetite

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