Caldeirada de Enguias
Não fosse a enguia é um ex-libris da Região de Aveiro contribuir para a famosa caldeirada de enguias à moda de Aveiro. A enguia nasce no longínquo Mar dos Sargaços, emigra até as rias onde buscam águas calmas com abrigos e alimentos durante a sua fase jovem. Sendo a ria de Aveiro uma ria com imensa vegetação submersa nos seus fundos, na qual faz dela um lugar ideal. Outrora muito mais abundante e hoje em dia muito mais escassa continua a habitar a ria, assim como em alguns viveiros naturais, na qual contribui para a sua sobrevivência. Tanto em caldeiradas, ensopados, fritas ou em escabeche, continua a deliciar os paladares mais exigentes.
Entre o mês de Março e Junho e a melhor época para apanhar as enguias, fase em que emigram até ao Mar dos Sargaços (Atlântico Oeste) para lá desovarem.
Entre o mês de Março e Junho e a melhor época para apanhar as enguias, fase em que emigram até ao Mar dos Sargaços (Atlântico Oeste) para lá desovarem.
Apanhadas na ria de Aveiro segundo os mais entendidos, que são as melhores, graças as águas da ria de Aveiro ainda ter um grande conteúdo de sal, na qual valoriza a consistência e o sabor do peixe.
Quando apanhadas na fase de nascimento (com cerca de 1 g e menos de 8 cm ) são conhecidas como meixão ( português) ou angulas ( espanhol) e muito apreciadas no pais de nostros hermanos como especialidade, na qual segundo a lei uma grande porcentagem não pode ser capturada, mas sim conservada para programas de repovoamento, visto a enguia ser uma espécie muito ameaçada com a particularidade de não se reproduzir em cativeiros.
Quanto a “Caldeirada”, poderá derivar da palavra caldeira ou caldeiro, recipiente onde costuma ser preparada, ou talvez esteja ligado ao caldo, dialetos mais antigos dizem, “caldeirar”, como no Ribatejo que significa “cozer”. Sendo a Caldeirada um prato típico das regiões costeiras de todo o mundo, com variações dos temperos e dos ingredientes. Possivelmente tem a sua origem no mar, no tempo dos barcos de pescas em que as sobras das redes eram dívidas pela tripulação do barco após cada pescaria, sendo essas sobras peixes mais pequenos e com menos valor comercial ou os que estivessem danificados. Ao peixe juntavam-se alguns produtos trazidos de terra como: a batata, o tomate, os pimentos, etc.
Estava o almoço feito a Caldeirada que ao passar dos anos passa dos barcos para as zonas ribeiras, em cada uma com a sua caldeirada, umas são simplesmente cozidas, outras com uma base refogada, umas bem condimentadas, outras menos.
Assim chegamos a Beira Litoral de Aveiro, com a sua caldeirada que é de enguias e com um curioso condimento “ pós de enguia” ( uma mistura de gengibre ou açafrão e pimenta) , uma tradição com origem na época dos descobrimentos, quando as naus atracavam neste no porto carregadas de especiarias, daí o seu uso.
A quem diga que para uma boa caldeirada as enguias só se juntam depois de as batatas começarem a amaciar, mas em muitas receitas vai a cozer tudo ao mesmo tempo. Antes de servir retira-se um pouco de caldo (o mais gorduroso possível), na qual leva alho bem picado, sal grosso e vinagre (piripiri para quem gosta de picante), tudo bem misturado, esta assim feita a tal “moira” que rega a caldeirada de enguias da região de Aveiro.
Preparação
1,2 kg de enguias
600 g de batatas
100 gramas de sal de unto (veja aqui)
Quando apanhadas na fase de nascimento (com cerca de 1 g e menos de 8 cm ) são conhecidas como meixão ( português) ou angulas ( espanhol) e muito apreciadas no pais de nostros hermanos como especialidade, na qual segundo a lei uma grande porcentagem não pode ser capturada, mas sim conservada para programas de repovoamento, visto a enguia ser uma espécie muito ameaçada com a particularidade de não se reproduzir em cativeiros.
Quanto a “Caldeirada”, poderá derivar da palavra caldeira ou caldeiro, recipiente onde costuma ser preparada, ou talvez esteja ligado ao caldo, dialetos mais antigos dizem, “caldeirar”, como no Ribatejo que significa “cozer”. Sendo a Caldeirada um prato típico das regiões costeiras de todo o mundo, com variações dos temperos e dos ingredientes. Possivelmente tem a sua origem no mar, no tempo dos barcos de pescas em que as sobras das redes eram dívidas pela tripulação do barco após cada pescaria, sendo essas sobras peixes mais pequenos e com menos valor comercial ou os que estivessem danificados. Ao peixe juntavam-se alguns produtos trazidos de terra como: a batata, o tomate, os pimentos, etc.
Estava o almoço feito a Caldeirada que ao passar dos anos passa dos barcos para as zonas ribeiras, em cada uma com a sua caldeirada, umas são simplesmente cozidas, outras com uma base refogada, umas bem condimentadas, outras menos.
Assim chegamos a Beira Litoral de Aveiro, com a sua caldeirada que é de enguias e com um curioso condimento “ pós de enguia” ( uma mistura de gengibre ou açafrão e pimenta) , uma tradição com origem na época dos descobrimentos, quando as naus atracavam neste no porto carregadas de especiarias, daí o seu uso.
A quem diga que para uma boa caldeirada as enguias só se juntam depois de as batatas começarem a amaciar, mas em muitas receitas vai a cozer tudo ao mesmo tempo. Antes de servir retira-se um pouco de caldo (o mais gorduroso possível), na qual leva alho bem picado, sal grosso e vinagre (piripiri para quem gosta de picante), tudo bem misturado, esta assim feita a tal “moira” que rega a caldeirada de enguias da região de Aveiro.
Preparação
1,2 kg de enguias
600 g de batatas
100 gramas de sal de unto (veja aqui)
3 dentes de alho
2 cebolas grandes
1 pimentão verde
2 ou 3 folhas de louro
1 ramo de salsa
1 colher (das de sobremesa) de pós de enguia
2 colheres (das de sopa) de vinagre
1 pimentão verde
2 ou 3 folhas de louro
1 ramo de salsa
1 colher (das de sobremesa) de pós de enguia
2 colheres (das de sopa) de vinagre
sal grosso quanto baste
azeite quanto baste
1 pitada de colorau
azeite quanto baste
1 pitada de colorau
Preparação
Para uma boa caldeirada e conveniente usar enguias frescas, na qual para se amanharem mistura-se um pouco de areia fina para ajudar as agarra-las por serem viscosas ,retiram-se as cabeças e lavam-se em várias águas, raspam-se para se retirarem todos os resíduos viscosos (galheiras). Cortam-se em pedaços e reserva-se dentro da água.
Descascam-se as batatas e cortam-se às rodelas grossas, descascam-se e cortam-se também as cebolas ás rodelas. Limpa-se o piment4ao e corta-se em tiras.
Num tacho largo põem-se as enguias, as batatas, as cebolas e as tiras de pimentão em camadas alternadas. Cada camada é regada com azeite e temperada com alho, louro, salsa, pós de enguia e sal de unto pimenta. Rega-se com um copo de água. e tapa-se, deixa-se cozer entre 20 a 30 minutos em fogo médio.
Depois das enguias cozidas, na qual reconhece-se pela consistência, retira-se uma ou 2 conchas de caldo com o mais gordura possível (a gordura vem toda ao de cima) para uma malga, junta-se o vinagre, um dente de alho bem picadinho, sal grosso ao caldo e tempera-se com uma pitada de colorau e piripiri (facultativo). Este preparado tem o nome de «moira» e é deitado sobre a caldeirada que vai para mesa no tacho que a confeccionou. Com resto do caldo da caldeirada pode-se fazer uma boa sopas de pão torrado, ou então fazer uma canja com pevides de massa.
Bom Apetite
Para uma boa caldeirada e conveniente usar enguias frescas, na qual para se amanharem mistura-se um pouco de areia fina para ajudar as agarra-las por serem viscosas ,retiram-se as cabeças e lavam-se em várias águas, raspam-se para se retirarem todos os resíduos viscosos (galheiras). Cortam-se em pedaços e reserva-se dentro da água.
Descascam-se as batatas e cortam-se às rodelas grossas, descascam-se e cortam-se também as cebolas ás rodelas. Limpa-se o piment4ao e corta-se em tiras.
Num tacho largo põem-se as enguias, as batatas, as cebolas e as tiras de pimentão em camadas alternadas. Cada camada é regada com azeite e temperada com alho, louro, salsa, pós de enguia e sal de unto pimenta. Rega-se com um copo de água. e tapa-se, deixa-se cozer entre 20 a 30 minutos em fogo médio.
Depois das enguias cozidas, na qual reconhece-se pela consistência, retira-se uma ou 2 conchas de caldo com o mais gordura possível (a gordura vem toda ao de cima) para uma malga, junta-se o vinagre, um dente de alho bem picadinho, sal grosso ao caldo e tempera-se com uma pitada de colorau e piripiri (facultativo). Este preparado tem o nome de «moira» e é deitado sobre a caldeirada que vai para mesa no tacho que a confeccionou. Com resto do caldo da caldeirada pode-se fazer uma boa sopas de pão torrado, ou então fazer uma canja com pevides de massa.
Bom Apetite
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